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terça-feira, 18 de outubro de 2011

Frigorífico JBS notificado por comprar carne de fazendas embargadas

O Ministério Público Federal enviou dia 17/10/11 uma notificação recomendatória ao frigorífico JBS S/A, pelo descumprimento ao Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado em maio de 2010, para regularizar a cadeia produtiva da carne em Mato Grosso.

Dentre as obrigações estipuladas no TAC, a empresa JBS S/A havia se comprometido a não adquirir gado bovino proveniente de imóveis rurais inseridos na lista de áreas embargadas pelo Ibama ou Sema; que figurem na “lista suja do trabalho escravo" divulgada pelo Ministério do Trabalho e Emprego; e de propriedades que estejam localizados em áreas indígenas.

A partir do cruzamento de dados do Indea (Guia de Transporte Animal – GTA), do Ibama, do Incra e do Ministério do Trabalho e Emprego, o MPF constatou que, apesar de o frigorífico JBS S/A ter se comprometido a rever as suas relações comerciais, continuou comprando animais para o abate oriundos de propriedades rurais que constam na lista de áreas embargadas por irregularidades ambientais; de propriedades localizadas dentro da Terra Indígena Maraiwatsede; e de uma propriedade que consta no Cadastro de Empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas a de escravo.

De maio de 2010 a maio de 2011, um total de 3.476 cabeças de gado foram compradas de propriedades em desacordo com as normas estabelecidas no TAC.  Agora, o frigorífico JBS S/A tem um prazo de 10 (dez) dias úteis para responder à notificação enviada pelo Ministério Público Federal informando as providências que serão tomadas para a regularização da compra de animais para o abate e o efetivo cumprimento do TAC assinado.

A proposta do TAC por frigoríficos no Pará, Mato Grosso e Acre, faz parte de um amplo estudo desenvolvido pelo MPF para identificar na cadeia produtiva da carne onde são praticadas as atividades em desacordo com a legislação ambiental e com critérios de sustentabilidade.

- 144 animais oriundos de uma propriedade onde foi identificada a utilização de mão de obra em condições de escravidão.

- 1.090 animais oriundos de 18 propriedades localizadas dentro da Terra indígena Maraiwatsede, na região norte de Mato Grosso.

- 2.242 animais oriundos de 13 propriedades embargadas pelo Ibama.

 

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Dez florestas passíveis de concessão em 2012

Dez florestas nacionais (Flonas) integram a lista de florestas públicas que poderão ser concedidas no próximo ano, segundo o Plano Anual de Outorga Florestal (PAOF) 2012. Juntas, somam 4,4 milhões de hectares, dos quais 2,8 milhões têm potencial para a produção sustentável.

Entre as flonas passíveis de concessão, sete estão no Pará – são as flonas do Jamanxim, de Altamira, do Crepori, do Amana, de Caxiuanã, do Trairão e de Saracá-Taquera; duas no Acre – flonas do Macuã e de São Francisco; e uma em Rondônia, a Flona de Jacundá. A concessão é uma forma de gestão das florestas públicas na qual empreendedores têm acesso à áreas para extrair madeira e produtos não madeireiros de forma legal e sustentável por meio de licitação realizada pelo Serviço Florestal Brasileiro.

Segundo estimativas do PAOF, a produção potencial de madeira nessas flonas é de 1,8 milhão de metros cúbicos por ano para uma produtividade de 25 metros cúbicos por hectare/ano. Segundo o documento, essa quantidade corresponde a 19% do consumo total de toras na Amazônia, de acordo com dados dos sistemas eletrônicos de controle florestal dos órgãos ambientais. A tendência é que as concessões florestais ganhem relevância cada vez maior ao longo dos anos, fornecendo madeira legalizada e de fonte sustentável ao mercado, afirma o diretor geral do Serviço Florestal Brasileiro, Antônio Carlos Hummel.

Os cálculos baseiam-se na produção anual em uma área de 2,8 milhões de hectares, respeitado o ciclo de corte, e não nos 4,4 milhões de hectares das flonas porque os planos de manejo dessas unidades de conservação destinam apenas parte da área total para a extração sustentável. Em uma análise preliminar em relação às flonas que já possuem plano de manejo, as áreas com aptidão para o manejo florestal sustentável empresarial variam de 51% a 82% do total da área da unidade.

O Paof estabelece os parâmetros para definição de tamanhos das unidades de manejo a serem concedidas, considerando aspectos regionais, como o porte dos agentes envolvidos na cadeia produtiva. Para facilitar o acesso de pequenas empresas ao processo de concessão florestal, todos os editais de concessão em 2012 devem ofertar ao menos uma unidade de manejo pequena (até 30 mil hectares). As concessão florestais visam o desenvolvimento das regiões onde são promovidas. Nesta perspectiva, o PAOF 2012 definiu que, a cada dois lotes de concessão florestal licitados em 2012, pelo menos um deve conter unidades de manejo de tamanho grande (no mínimo 60 mil hectares), para promover empreendimentos que permitam a instalação de parques tecnológicos com elevados aportes de capital.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Solução para lixo só com ação de União, estados e prefeituras

Promover uma integração maior entre Governo Federal, estados e municípios para a implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que completou um ano neste mês. Esse é o objetivo da reunião realizada, nesta quarta-feira (24/08) e quinta-feira (25/08), em Brasília. ''Estamos num momento estratégico. O momento em que cabe aos estados estimular, apoiar os municípios para fazer os seus planos integrados e para colocar em prática aquilo que é o objetivo final da política'', destacou o secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Nabil Bonduki, na abertura do encontro.

Nesses dois dias, além de representantes do Ministério do Meio Ambiente e seus parceiros, os secretários de meio ambiente de 16 estados e os gestores municipais terão a oportunidade de promover um balanço dos consórcios intermunicipais. "A ideia é dialogar um pouco sobre os desafios que a PNRS trouxe para os estados e municípios, as oportunidades de apoio que o Governo vai continuar trazendo, e ao mesmo tempo, preparar a secretaria de meio ambiente desses estados e municípios para esses desafios. A expectativa é que, ao final do encontro, tenhamos traçado os próximos passos para a área de resíduos sólidos", declarou o diretor de Ambiente Urbano, Silvano Silvério.

O diretor da Área de Revitalização de Bacias Hidrográficas da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) , Guilherme de Oliveira, lembrou da importância da construção de um novo modelo de gestão de resíduos sólidos. "O Governo Federal, por meio do Ministério do Meio Ambiente, está coordenando essa importante ação governamental. A Codevasf, que tem sob sua responsabilidade a estruturação de 20 consórcios nas Bacia do São Francisco e do Parnaíba, com grandes desafios enfrentados nos último cinco anos, está satisfeita de participar desse processo", afirmou.

Para o o secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano, Nabil Bonduki, "esse momento é muito importante porque estamos iniciando o debate da PNRS. Temos um prazo até 2012 para que os planos municipais sejam realizados, e depois, 2014 para ter os primeiros resultados gerais dessa política. Estamos conclamando os municípios a estabelecer uma parceria mais permanente com a nossa secretaria, não só porque tem a PNRS, mas tem as políticas de ambiente urbano, como a qualidade do ar, como o acompanhamento das áreas contaminadas, e toda a política ambiental voltada às APPs e áreas de proteção urbanas'', finalizou.

Desde junho, o Ministério do Meio Ambiente está veiculando, nos principais meios de comunicação, a campanha ''Separe o o lixo e acerte na lata'' para ajudar a divulgar as soluções propostas pela PNRS. O objetivo da campanha é preparar e educar a sociedade brasileira para uma mudança de comportamento em relação à coleta seletiva do lixo, ressaltando os benefícios ambientais, sociais e econômicos do reaproveitamento dos resíduos sólidos para o País. A campanha ensina a separar o lixo seco do úmido, uma medida simples que facilita a vida dos catadores, mesmo nas cidades onde não exista ainda o serviço de coleta seletiva.
(Fonte: MMA)

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Baixa umidade aumenta queimadas no Amazonas em 91%

Entre primeiro de janeiro e o último dia 19 de agosto houve um aumento de 91% na ocorrência  de queimadas no estado do Amazonas, segundo dados do sistema de monitoramento de queimadas do  Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), de São José dos Campos (SP).

Este aumento das queimadas está relacionado à baixa umidade do ar na região, que vem registrando índices de 34%, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Este é o mesmo índice registrado ao auge da seca na região amazônica em 2010, considerada a pior da história.

Em 2010 foram 136 focos de calor, enquanto neste ano já são 261, o que vai em sentido contrário do que está ocorrendo em outros estados, que registram menor número de ocorrências de fogo. O Parque Nacional Campos Amazônicos está entre as regiões mais afetadas, que teve queimada entre o fim de julho e início de agosto uma área de 330 km², equivalente a 206 vezes o tamanho do Parque Ibirapuera, na cidade de São Paulo.

Dados do Sistema Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), confirmam que é alto o risco queimadas na floresta devido à forte estiagem na região. A região enfrenta este calor inédito, quebrado somente nos últimos dias houve com uma onda de frio.

 

domingo, 21 de agosto de 2011

Danone e outras 76 indústrias antecipam corte de CO2

Preparando-se para conter as emissões de gases causadores de efeito estufa, 77 empresas brasileiras apresentaram em 10/8/11 seus inventários de emissões, com estimativa da quantidade de CO2 liberado na atmosfera pela atividade industrial.

O documento aponta que no ano passado foram emitidos 107,1 milhões de toneladas de CO2, o equivalente a 5% do total de gases liberados no país em 2005, segundo o Inventário Nacional do governo federal, que serviu de base para a elaboração das metas para reduzir, de forma voluntária, em até 39% o envio de gases à atmosfera até 2020.

"Isso mostra o interesse do Brasil na questão do clima, porque nem o país e nem as empresas são obrigadas pela Convenção das Nações Unidas a reduzir a quantidade de CO2 produzida", disse Pankaj Bhatia, diretor do Instituto de Recursos Mundiais, que criou a metodologia de medição de carbono emitido.

Segundo Mario Monzoni, coordenador do Centro de Estudos de Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a iniciativa faz parte de planos maiores, como a elaboração de políticas em instituições privadas que fomentariam a sustentabilidade.

"O Brasil está em crescimento, assim como a indústria. Por isso temos que definir formas de reduzir o impacto do desenvolvimento nos próximos anos", diz Monzoni, que pretende agregar até 150 empresas para um novo inventário em 2012.

Uma das companhias que aderiu à iniciativa foi o grupo Danone, que utiliza o inventário para medir emissões em sua cadeia de produção. A empresa informou que até 2012 pretende reduzir em 30% o envio de gases poluentes à atmosfera.

Robyn Camp, vice-presidente executiva do Instituto Registro de Clima, dos Estados Unidos, especializado na medição de emissões, afirmou ao programa Globo Natureza, da TV Globo, que muitas empresas norte-americanas tiveram a iniciativa de realizar o inventário de carbono, organizado pelo instituto.

A crise financeira que afeta os EUA pode reduzir as ações de mitigação. "Algumas empresas serão impactadas pela crise e a questão ambiental pode ser deixada de lado. Porém, as companhias inovadoras têm pensado muito na questão da energia sustentável, pegando como exemplo grandes indústrias da Europa, que usam energia renovável e se mantêm no topo. Mas a tomada de decisão vai depender da realidade da empresa", diz. 

(Fonte: Eduardo Carvalho/ Globo Natureza)

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Ecoturismo: cinco países africanos criam maior área protegida do mundo

Cinco países da África Austral assinaram dia 18/8/11 em Luanda, Angola,  um tratado criando uma ampla zona protegida, de tamanho correspondente à metade da França, nas bacias dos rios Zambeze e Okavango, que tem por vocação se transformar em um paraíso do ecoturismo.

A área protegida de Okavango-Zambeze, situada entre os territórios de Angola, Botsuana, Namíbia, Zâmbia e Zimbábue, deve permitir religar catorze parques nacionais e reservas naturais entre estes países, e, sobretudo, as Cataratas Victoria e o delta do Okavango.

“É a maior zona protegida com vocação turística do mundo”, afirmaram seus promotores, durante a assinatura do tratado, à margem de uma cúpula da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), em Luanda.

O projeto tem por objetivo a conservação da biodiversidade, o desenvolvimento sustentável das comunidades locais, o estímulo ao ecoturismo e o compartilhamento dos recursos da região.

A região é rica em espécies raras, especialmente leopardos, cães selvagens africanos, rinocerontes e antílopes negros. Também é habitada por cerca de 250.000 elefantes. 

 

(Fonte: Portal iG)

 

 

 

 

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Economia verde: gigante de grãos aproveita bagaço de cana para gerar eletricidade


Situada em Pedro Afonso, no Tocantins, usina da Bunge produzirá álcool e açúcar, aproveitando o bagaço da cana para gerar também 180 Gwh de energia elétrica por ano, suficiente para abastecer uma cidade de 300 mil habitantes.
Inaugurada em julho no município de Pedro Afonso, no Tocantins, a usina é a primeira unidade greenfield e a oitava usina produtora de açúcar e bioenergia da empresa no Brasil. Com investimentos totais da ordem de R$ 600 milhões e capacidade inicial de moagem de 2,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por ano, a nova usina utiliza o que há de mais moderno em tecnologia, realiza plantio e colheita totalmente mecanizados, além de aproveitar integralmente o bagaço da cana para a produção de energia elétrica, processo conhecido como cogeração.
Localizada em um terreno de 94 hectares na zona rural do município de Pedro Afonso, a unidade irá produzir álcool combustível, açúcar e energia elétrica de alta eficiência, a partir do processamento industrial da cana-de-açúcar. O processo produtivo da usina está dividido em duas fases: na primeira, a produção é 100% voltada para o etanol, atendendo o mercado interno e exportações; na segunda fase, serão produzidos também açúcar e energia. A implantação da segunda fase, prevista para ocorrer entre 2012 e 2014, deverá duplicar a capacidade produtiva da usina. “A Bunge está investindo 2,8 bilhões de dólares no Brasil até 2012. Cerca de 80% desse valor é destinado a dobrar o tamanho dos negócios do grupo neste setor”, informa Pedro Parente, presidente e CEO da Bunge Brasil.
Cogeração de energia
A usina Pedro Afonso terá capacidade para produzir 180 Gwh por ano de energia e, a partir de 2013, a unidade poderá contribuir para o fornecimento de energia elétrica do estado do Tocantins. Foram investidos mais de 20 milhões de dólares no processo de cogeração, que consiste na queima do bagaço da cana (resíduo da produção) para gerar energia elétrica. Uma parte desta energia será utilizada internamente para operar a usina, ou seja, a unidade é autossuficiente energeticamente. Outra parte poderá ser disponibilizada ao sistema elétrico nacional, com capacidade para abastecer uma cidade de até 300 mil habitantes.
Sustentabilidade e respeito ao meio ambiente
Alinhada com os princípios de sustentabilidade do grupo Bunge, a unidade realiza coleta seletiva e os resíduos do processo industrial (vinhaça e resíduos sólidos de limpeza da cana) são totalmente aproveitados na fertirrigação do canavial. De toda a área plantada, 5.000 hectares são irrigados, incluindo o maior pivô de irrigação do mundo, com mais de 1.300 metros de extensão para atingir uma área superior a 500 hectares.
Além disso, a Bunge, por meio da Fundação Bunge, já está implantando em Pedro Afonso e nos municípios do entorno (Tupirama e Bom Jesus do Tocantins) o programa Comunidade Integrada, que apoia o desenvolvimento de projetos sustentáveis na região, focados no relacionamento com a comunidade, no fortalecimento da gestão pública e no apoio ao desenvolvimento humano e social. “A proposta é realizar um trabalho de corresponsabilidade, onde a empresa, a comunidade e o poder público serão parceiros no desenvolvimento da região”, comenta Pedro Parente.
Geração de empregos
A geração de empregos, aliada à sustentabilidade do negócio, é uma das preocupações da Bunge em todas as regiões em que está presente, e em Pedro Afonso não será diferente. Na primeira fase, a Bunge pretende gerar cerca de 1.400 empregos diretos, além de 3.000 indiretos. Durante a obra, mais de 1.700 pessoas trabalharam na construção da usina. “Este empreendimento é um marco do compromisso da empresa com o país, pois demonstra que vamos continuar contribuindo para estimular e acelerar o crescimento econômico do estado de Tocantins, bem como de toda a região, atraindo também outros investidores”, afirma Pedro Parente.
Histórico
A construção da usina Pedro Afonso teve início em janeiro de 2009 e em julho de 2010, a unidade já havia iniciado a operação em caráter experimental. Desde maio deste ano, a usina está em plena atividade. O plantio do canavial teve início em julho de 2007, com um viveiro de mudas em 237 hectares. Hoje, são mais de 24 mil hectares plantados e a projeção até 2012 é de atingir 32 mil hectares de cana-de-açúcar na região. Em parceria com centros de pesquisa, a Bunge se dedicou também à inovação ao desenvolver variedades de cana-de-açúcar específicas para o clima e o solo da região.
A usina Pedro Afonso marca também a consolidação da joint venture entre a Bunge e a Itochu, uma das principais tradings globais do Japão. Nessa iniciativa, 80% dos recursos financeiros foram investidos pela Bunge e 20%, pela Itochu, que também é parceira da Bunge na Usina Santa Juliana, em Minas Gerais, desde 2008. “Esta parceria vitoriosa confirma a nossa disposição em investir no setor de açúcar e etanol, além de permitir nossa contribuição ativa para o desenvolvimento econômico e social do país”, disse Yoichi Kobayashi, Vice-Presidente Executivo da Itochu Corporation.
Fonte:  Assessoria de Imprensa da Bunge