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sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Aquecimento de 1,3° é inevitável mesmo sem ação humana, segundo cientistas

O que aconteceria se a Terra parasse seu rimo de expansão e nenhuma nova usina ou veículo capaz de emitir carbono fossem construídos? Ainda assim, a temperatura do planeta aumentaria 1,3°C, até 2060, em relação ao período pré-industrial. A conclusão é de pesquisadores dos EUA, que fizeram um dos mais detalhados levantamentos sobre emissões de carbono ligadas à geração de energia e à estrutura de transportes. O material foi publicado na revista "Science" do dia 9/9/2010 e reproduzida no dia seguinte pela Folha de São Paulo. O planeta vai esquentar, mas para os os cientistas ele ainda não chegou ao patamar de aquecimento e emissões em que as consequências se tornam irreversíveis. O aumento de 1,3°C em relação ao período anterior à revolução industrial -cerca de 0,5°C a mais que hoje- foi considerado até modesto pelos pesquisadores, que esperavam crescimento de pelo menos 2°C. 

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Queimadas e clima seco tornam ar do DF o mais poluído do país, diz IBGE

As queimadas e o clima no Entorno e na Região Centro-Oeste tornaram o Distrito Federal líder no ranking das áreas com maior concentração de poluentes em todo o país. Os números do DF são superiores aos de São Paulo, considerada a cidade mais poluída do Brasil, e só se aproximam de Vitória (ES), a segunda na relação dos Indicadores de Desenvolvimento Sustentável, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado na quarta-feira. O estudo mostra que o Distrito Federal tinha em 2008, mais de 1.200 miligramas de partículas poluentes para cada metro cúbico contra 717mg de Vitória e 277mg de São Paulo.


Os dados revelam um decréscimo em 2008 em relação a 2007, quando foram registrados 1.379mg de partículas por metro cúbico. Porém, com exceção de 2001 e de 2004 a 2006 — período em que não houve medições —, os níveis do Distrito Federal sempre estiveram mais altos do que nas outras sete capitais onde a pesquisa foi realizada: Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Recife. O trabalho foi feito em torno das chamadas partículas totais em suspensão (PTS) e partículas inaláveis, além da emissão de vários tipos de gases, como dióxido de enxofre, ozônio e monóxido de carbono — todos poluentes do ar que respiramos.

O relatório do IBGE mostra que o Distrito Federal, apesar de ter diminuído as concentrações de poluentes, está na contramão de muitos estados brasileiros, que reduziram as PTS — poluentes que resultam da queima incompleta de combustíveis veiculares e fontes estacionárias, como as queimadas — e as partículas inaláveis. Um dos motivos foi o controle das emissões veiculares, as mudanças tecnológicas nos motores e a melhor qualidade dos combustíveis. Apesar disso, o documento alerta que os números de concentrações anuais são ainda elevadas nas regiões metropolitanas de Curitiba e Vitória, além do DF.

“No caso do Distrito Federal, os elevados valores de PTS refletem, provavelmente, as condições climáticas locais e a ocorrência de queimadas no Entorno de Brasília durante a estação seca”, observa o documento do IBGE. As informações, obtidas por meio de monitoramento feito Instituto Brasília Ambiental, revelam que os índices poluentes do DF são superiores aos recomendados pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama). “É um problema grave”, afirma a geógrafa Mara Moscoso, do Fórum de Organizações Não Governamentais do DF. Segundo Moscoso, as queimadas realmente são as maiores causadoras de várias mudanças ocorridas na região.


A especialista explica que, mesmo na antiguidade, o cerrado tinha incêndios, mas na região não havia núcleos urbanos, como hoje. “Antigamente aqui tinha fogo naturalmente, depois vieram os primeiros índios que também faziam fogo, mas nunca em grandes proporções como agora”, explica a geóloga, acrescentando que o Entorno tem pelo menos 97% de área de preservação ambiental e com o crescimento urbano, a cidade está se aproximando desses locais. “Toda a fumaça seca vai para a atmosfera, polui e interfere no clima”, observa a ambientalista.

Vitória foi a segunda das cidades a apresentar os índices mais elevados de poluição por partículas poluentes, com 717mg/m³, em 2008, número que representa quase o dobro do ano anterior. Em seguida aparece Curitiba, com 589mg/m³, um índice bem menor que em 2007, enquanto o Rio de Janeiro praticamente manteve os níveis de 395mg/m³. São Paulo foi a capital que teve uma maior diminuição em concentrações de PTS, já que em 2007 tinha 545mg/m³ e no ano seguinte apresentou 277mg/m³.

Ao contrário das concentrações de partículas poluentes, cuja tendência é diminuir em todo o país, o ozônio é uma preocupação, conforme alerta o documento do IBGE. O poluente é de difícil controle, segundo o relatório, pois é gerado na baixa atmosfera, por reações fotoquímicas entre óxidos de nitrogênio — que são produzidos pelas descargas de veículos — e compostos orgânicos. Isso vem sendo causado pelo aumento do número de carros, principalmente nas grandes capitais, o que também dificulta o controle do ozônio.

Fonte: Agência Brasil

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

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Painel de Mudanças do Clima mais forte é importante para futuro acordo global

Esta semana começou com o Painel Intergovernamental de Mudanças do Clima (IPCC) recebendo um puxão de orelha do relatório pedido pela ONU para avaliar os erros cometidos no passado e a maneira como a entidade lidou com esses problemas.
O InterAcademy Council (IAC), responsável pela avaliação, fez diversas recomendações, a maioria delas voltada para a administração do IPCC.  Foi sugerida, por exemplo, a criação de um cargo de diretor executivo para falar em nome da entidade assim como o estabelecimento de um comitê permanente para supervisionar os trabalhos do painel.
Ignorando possíveis fatores políticos que estejam pressionado a saída do atual presidente Rajendra Pachauri, o que essa avaliação deixa de positivo é que todo o trabalho já realizado pelo IPCC é sério e confiável. Também parece claro que daqui pra frente não veremos uma reação tão lenta diante de polêmicas, a postura que influenciou negativamente a visão da sociedade com relação às mudanças climáticas no fim do ano passado, justamente momentos antes da tão importante Conferência de Copenhague.
Um IPCC mais forte será importantíssimo para as futuras negociações internacionais sobre um acordo climático global.
Fonte: Carbono Brasil

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

BNDES financia pesquisa sobre adoção de tecnologias de baixo carbono

Até 28 de outubro o BNDES estará recebendo consultas prévias de instituições interessadas em financiamento do Fundo de Estruturação de Projetos para pesquisas científicas que identifiquem os efeitos potenciais sobre a estrutura econômica da indústria brasileira resultante da adoção de tecnologias de baixo carbono nos países desenvolvidos. 

O estudo deverá mostrar distintas formas de impacto na indústria brasileira, resultante de ações como o impacto da adoção de tributação sobre o carbono emitido nas exportações brasileiras. Alguns países já ameaçam tributar produtos importados de países não comprometidos com metas sob a justificativa de se evitar “vazamentos” de carbono. Alguns setores da indústria poderiam vir a ser afetados. Em um prazo mais longo, a adoção de novas tecnologias de baixo carbono pode alterar drasticamente a estrutura de preços relativos e, portanto, a competitividade de diversos setores. 

Também devem fazer parte da pesquisa as tendências de trajetória tecnológica nos setores da indústria mais intensivos em emissões, como siderurgia, cimento, química e petróleo, além daqueles relativos às emissões ligadas a transportes, como indústria automotiva e aeronáutica. 

Em alguns setores de baixo carbono, o país já possui algum tipo de vantagem comparativa, como biocombustíveis, por exemplo. Mas há ameaças à posição brasileira na liderança tecnológica. O BNDES quer saber também em quais setores é mais eficiente para o país focar seus recursos para investimentos em ciência e tecnologia. Há interesse ainda em saber mais sobre modelos institucionais de inovação nos países líderes em tecnologias de baixo carbono - diante da experiência internacional, qual seria o melhor desenho institucional para o Brasil?

Poderão ser beneficiárias da colaboração financeira não-reembolsável à pesquisa científica instituições brasileiras incumbidas regimental ou estatutariamente do ensino e da pesquisa, desde que sem fins lucrativos e detentoras de inquestionável reputação ético-profissional – comprovada pela detenção de conceito, atribuído pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior do Ministério da Educação (CAPES), igual ou superior a cinco, na área objeto da pesquisa; e instituições públicas brasileiras incumbidas regimental ou estatutariamente do ensino e da pesquisa, desde que sem fins lucrativos e detentoras de inquestionável reputação ético-profissional na área objeto da pesquisa, a ser comprovada pela Área do BNDES demandante, no caso de instituições que não atinjam o conceito 5 da CAPES.

O financiamento poderá ser concedido diretamente ou por meio de suas fundações de apoio, conforme definição constante da Lei n° 8.958, de 20 de dezembro de 1994. Poderão ser também financiados os consórcios formados pelas instituições de pesquisa acima mencionadas e outras instituições de pesquisa, desde que pelo menos 70% dos recursos do projeto sejam aplicados diretamente nas instituições que atendam o nível de classificação mínimo na CAPES.

Mais informações em  ape-depeq@bndes.gov.br


sábado, 21 de agosto de 2010

Candidatos prometem ampliar mercado de carbono

Os principais candidatos que disputam a eleição para presidente da República este ano comprometem-se a estimular o mercado de carbono, ainda incipiente no Brasil apesar do enorme potencial para isto.